É comum ouvirmos, através de falas carregadas de desconhecimento científico, que “viemos dos macacos” ou que “seres humanos são mais evoluídos”. Errado! Inicialmente, você sabe o que significa o termo ‘Evolução’? Este, pode ser definido como uma série de transformações genéticas através do tempo nas espécies que existem ou já existiram na Terra.
Nessa perspectiva, dizer que seres humanos são “mais evoluídos” é extremamente equivocado, pois qualquer espécie que já esteve presente nos ecossistemas mundiais é considerada evoluída. Ou seja, o processo de evolução não está relacionado em ser mais recente ou melhor, afinal, espécies extintas já tiveram seus momentos de explosão populacional e deixaram suas contribuições para a história dos seres vivos neste planeta.
Um ponto muito importante quando tratamos de Evolução é a descendência. Mas, o que significa? Que todo ser vivo apresenta um ancestral que deu origem à sua existência, e deste modo, pode-se dizer que todos apresentam, em certo nível, um grau de parentesco com outras espécies.
É fundamental entender que a descendência e ancestralidade se aplicam diretamente à questão levantada sobre a origem do ser humano, porque é fundamental entender que não viemos dos macacos. Isso se justifica pelo fato de que macacos (chimpanzés, na realidade) e ser humanos são evolutivamente próximos, chegando a apresentar mais de 97% do DNA praticamente idêntico, porém não são da mesma espécie, nem gênero. Como isso é possível? Ambos apresentam um descendente em comum! E, através dessa descendência, são geneticamente próximos, mas por diversas condições ambientais e da história de sobrevivência de cada grupo, diferenciaram-se em muitos aspectos.
Após essa discussão, podemos dizer que todos os seres vivos estiveram ou estão em processo evolutivo? Exatamente! Alguns outros casos são exemplos disso. Vejamos:
Os mamíferos, após a extinção dos dinossauros, ocuparam o planeta de maneira expressiva, principalmente pelos baixos níveis de predação. Isso resultou no desenvolvimento dos hábitos diurnos pouco depois dessa extinção. Houve um período intermediário de vários milhões de anos de duração, no qual os mamíferos combinaram atividades noturnas e diurnas, até que chegassem no modo de vida que tem hoje;
As angiospermas correspondem a cerca de 90% das 3.000 espécies de plantas vivendo atualmente na Terra. Só que para chegar em tal condição, uma flor ancestral foi necessária. Após diversos estudos, pesquisadores encontraram uma flor delicada, com pétalas e sépalas arranjadas em vários círculos concêntricos que se assemelham a anéis sobrepostos, na forma de espirais. Essas características justificam a existência da possibilidade de tantas flores diferentes que temos hoje;
Por fim, é possível dizer que a Evolução nos cerca das mais variadas formas. Negar sua existência, é ignorar toda a história biológica em que todas as espécies do planeta Terra passaram. Os mistérios ainda são muitos e há diversos aspectos que, nesse momento, ainda não podem ser justificados pela ausência da provas, afinal, a ciência trabalha com evidências concretas. E, com isso, Charles Darwin, pai da Evolução, finaliza nosso texto informativo com o seguinte pensamento: “A ignorância gera mais frequentemente confiança do que o conhecimento: são os que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que afirmam de uma forma tão categórica que este ou aquele problema nunca será resolvido pela ciência.”
Escrito por: Lukas Périco
Grupo de Biologia
Referências:
FREEMAN, S.; HERRON, J C.. Análise Evolutiva. 4ª edição Porto Alegre: Artmed, 2009. 831 p.
RIDLEY, Mark. Evolução 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2006. 752 p.
ZIMMER, Carl. O livro de ouro da Evolução. 1ª edição Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. 600 p.
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