Depressão: Cada vez mais presente na juventude brasileira
- Pró-Estudar
- 19 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Cada vez mais vivemos numa sociedade em que há grande pressão para sermos produtivos, competitivos, emocionalmente saudáveis e profissionalmente bem sucedidos. Deste modo, essa realidade não é diferente entre os jovens brasileiros que, cada vez mais, são cobrados para assumirem responsabilidades da vida adulta, como escolher sua carreira, conseguir um bom emprego, ser socialmente aceito, além de terem que lidar com os desafios desta fase da vida.
O grande conjunto de compromissos e exigências do mundo moderno vem substituindo as interações sociais, de forma que o contato virtual, valorização de estereótipos, julgamentos potencializados e outros aspectos extremamente traumatizantes, causam quadros de ansiedade e depressão.
A partir dos expostos acima, como podemos relacionar essa questão aos aspectos biológicos? De várias formas! A ansiedade e a depressão são causadas, também, por fatores biológicos, como predisposição genética, oscilações hormonais, traumas psíquicos, entre outros. A Sociedade Brasileira de Saúde Pública ressalta que os transtornos psicológicos são questões de saúde pública e merecem ser evidenciados, pois, quando não tratados, podem levar as pessoas à tirarem suas próprias vidas.
A Associação Brasileira de Psicanálise estima que cerca de 10% da população jovem (adolescentes) no Brasil apresenta quadros depressivos. Infelizmente, esse índice continua aumentando com o passar dos anos. Isso pode ser justificado pelos motivos já mencionados que tanto pressionam os jovens a serem próximos da “vida perfeita” do mundo globalizado. É apontado que muitos jovens se isolam em seus sentimentos, julgamentos, cobranças dos pais e da escola, status sociais, tornando-se reféns das suas próprias frustrações. E, muitas vezes, pessoas de senso comum e que reproduzem argumentos falaciosos, afirmam que este problema é uma fase da adolescência, “frescura” ou até motivo para serem notados socialmente, o que torna os transtornos psicológicos ainda mais estigmatizados.
A busca pela profissão ideal, o ingresso na universidade, a pressão de uma nova forma de estudos, a cobrança por metas e resultados cada vez maiores, têm gerado um grande abismo psicológico em estudantes e integrantes
do contexto acadêmico (graduandos, pós-graduandos, professores). Pesquisas desenvolvidas pela Universidade de São Paulo (USP) apontam que, 1 em cada 3 alunos de pós-graduação, sofrem de depressão. Além disso, foram registrados 3 casos de suicídio somente neste ano. As questões são: o que estamos fazendo e podemos fazer para mudar isso? Como a nossa sociedade enxerga quem sofre com essas doenças?
Não podemos nos calar! O diálogo, a aceitação, o afastamento de julgamentos e a procura por um profissional adequado, como um psicólogo, são fatores essenciais para que as pessoas se desenvolvam de forma saudável. E como podemos ajudar? Caso conheça alguém que passe por esta situação, seja parceiro: evite dar soluções previamente prontas e oriente que essa pessoa procure ajuda profissional. Também, divulgar campanhas como o “Setembro Amarelo”, que visam divulgar a importância de tratar esses transtornos, é fundamental para disseminar boas ações e orientar a população brasileira.
Você, querido leitor, caso enfrente situações como as descritas, que indicam frustrações psicológicas, não se sinta sozinho! Existem inúmeras pessoas dispostas a ajudar e profissionais capacitados que podem lhe auxiliar. Lute pela sua vida e permita-se ser ajudado. Nós estamos com você! :D
Escrito por Lucas Périco e Natália Costa.
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