Para pensar o Racismo no Brasil
- Pró-Estudar
- 15 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Indicação Pró-Estudar.
O período escravocrata brasileiro - ocupa mais de 300 anos da nossa história - deixou para os dias atuais uma herança negativa que (ainda) persegue a população negra do nosso país. Racismo, preconceito e discriminação racial materializam-se nas estatísticas sociais e econômicas profundamente desiguais entre negros e brancos no Brasil:
● A população negra corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios - Atlas da Violência de 2017;
● Mais da metade da população prisional brasileira (a 4ª maior do mundo), é formada por pretos e pardos (61,6%) - Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen);
● Em 2017, os brasileiros brancos ganhavam, em média, o dobro do que os negros: R$2.814, ante R$1.570 mensais - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua);
● Em 2017, 63,7% dos brasileiros desempregados eram negros - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua);
● Em 2016, a taxa de analfabetismo entre negros (9,9%) é mais que o dobro em relação aos brancos (4,2%) - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Para além dos dados estatísticos, as desigualdades raciais também estão tematizadas em diversas produções filmográficas nacionais.
Confira abaixo alguns títulos para se refletir sobre a questão:

Cidade de Deus (2002): O filme Cidade de Deus é a adaptação cinematográfica da obra de mesmo nome do escritor Paulo Lins. Retrata o desenvolvimento do crime organizado no Rio de Janeiro, na favela Cidade de Deus, nos anos 1980, através do ponto de vista de Buscapé: Jovem negro que, mesmo crescendo num ambiente extremamente violento e privado de oportunidades para almejar um futuro melhor, encontrou alternativas para não seguir o mesmo destino de seus amigos: a vida no crime.
Negritudes Brasileiras (2018): Negritudes Brasileiras é um documentário idealizado pela youtuber e cientista social Nátaly Neri. Busca romper a imagem estigmatizante sobre o que é ser negro no Brasil ao retratar a experiência de vida de diversos (as) homens e mulheres negros (as) evidenciando suas similaridades e particularidades.
Quanto vale ou é por quilo? (2005): Quanto vale ou é por quilo? é um filme produzido pelo diretor brasileiro Sérgio Bianchi. Retrata, através de analogias, as reminiscências entre o período escravocrata e a atual situação da população negra brasileira.
Escrito por Paula Cardoso (grupo de História)
Links para as produções disponíveis no Youtube:
Negritudes Brasileiras
Quanto vale ou é por quilo?
Referências dos dados estatísticos:
CALEIRO, João Pedro. Os dados que mostram a desigualdade entre brancos e negros no Brasil. Revista Exame (on-line). Publicado em 20 nov. 2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/. Acesso em: 15 abr. 2019.
OLIVEIRA, Tory. Seis estatísticas que mostram o abismo racial no Brasil. Carta Capital (on-line). Publicado em: 20 nov. 2017. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/seis-estatisticas-que-mostram-o-abismo-racial-no-brasil. Acesso em: 15 abr. 2019.
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